terça-feira, 18 de outubro de 2011

MP pede inquérito da PF para apurar importação de lixo hospitalar

Jornal do Brasil

Hoje às 14h52 - Atualizada hoje às 14h56


MP pede inquérito da PF para apurar importação de lixo hospitalar

Alex Rodrigues

Tamanho do Texto:+A-AImprimirPublicidadeO Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco requisitou à Polícia Federal (PF) a abertura de inquérito para investigar a importação de toneladas de lixo hospitalar dos Estados Unidos por uma empresa têxtil de Pernambuco. Designada para o caso, a procuradora da República Carolina de Gusmão Furtado também abriu uma investigação administrativa para decidir se cabem medidas cíveis ambientais. As informações são da assessoria do MPF.
Ontem (17) à noite, a Polícia Civil pernambucana apreendeu em Caruaru (PE) mais 15 toneladas de tecido com a logomarca de hospitais norte-americanos. O material foi encontrado em um galpão inspecionado graças a mandados judiciais de busca e apreensão. O armazém fica no Bairro Universitário e pertence a empresa Na Intimidade, que funciona com o nome fantasia Império do Forro de Bolso.
Foi o terceiro estabelecimento da empresa onde as autoridades encontram pedaços de tecido e forros de bolso prontos para a venda com manchas que podem ser de sangue. Os retalhos também apresentam a logomarca de hospitais norte-americanos. O material guarda semelhanças com as 46 toneladas de lençóis, fronhas, toalhas de banho, batas, pijamas e roupas de bebês sujas de sangue retidas na semana passada, no Porto de Suape, em Pernambuco.
Os dois estabelecimentos que a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) já havia interditado com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ficam nas cidades de Santa Cruz do Capibaribe e de Toritama, onde o tecido pode ser comprado por R$ 10 o quilo. Amostras do material recolhidas nos dois locais interditados foram enviadas ao Instituto de Criminalística para análise.
O suposto responsável pela Império dos Forros, Altair Moura, cujo nome consta em registros da empresa disponíveis para consulta na internet ainda não foi localizado. Somente com o resultado da investigação da PF o MPF irá definir que medidas deverão ser adotadas. O órgão sustenta haver indícios claros de, ao menos, três crimes: contrabando, uso de documento falso e crime ambiental.
Na sexta-feira (14), o inspetor-chefe da Alfândega da Receita Federal no Porto de Suape, Carlos Eduardo da Costa Oliveira, disse à Agência Brasil que é preciso saber se a empresa importadora responsável conhecia o conteúdo dos contêineres vindos dos Estados Unidos; se pretendia descartar o material indevidamente no Brasil ou se, mesmo tendo conhecimento da carga de lixo hospitalar, planejava usar o tecido sujo em sua produção.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Projeto 'Verão ambiental: essa é nossa praia' é lançado, em PE

17/10/2011 11h52 - Atualizado em 17/10/2011 21h14


Projeto 'Verão ambiental: essa é nossa praia' é lançado, em PE

A ação envolve prefeituras, órgãos ambientais e trabalhadores das praias.
O objetivo é sensibilizar as pessoas para a preservação do meio ambiente.
Do G1 PE, com informações do Bom Dia PE

A Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) lançou nesta segunda (17) a campanha para sensibilizar a população sobre a importância da preservação das áreas litorâneas, sobretudo no período de veraneio. O projeto “Verão ambiental: essa é a nossa praia!”, em sua segunda edição, vai atuar em 15 das 21 cidades litorâneas do Estado e envolve prefeituras, órgãos ambientais e trabalhadores das praias em uma ação de conscientização que visa a conservação do litoral. No ano passado, apenas cinco cidades estavam envolvidas.
A capacitação dos gestores ambientais e ações de conscientização de banhistas, através de panfletos, estão entre as ações do projeto, que começa neste mês de outubro e se estende até fevereiro de 2012. “Percebemos uma mudança de postura da população, como não deixar lixo na praia e não levar animais. A proibição existe, mas a população por vezes desconhece a lei. A educação ambiental visa conscientizar essas pessoas. A fiscalização também faz parte do projeto”, explica o diretor-presidente da CPRH, Hélio Gurgel.
Desde o ano passado, a Agência instalou um esquema de monitoramento das praias, dados que serão confrontados com os que forem recolhidos nesta edição do projeto. “Ainda não temos como avaliar a evolução do quadro”, conta Gurgel, que ainda ressalta a importância do litoral para o Estado. “Pernambuco tem 56% de sua população morando na sua faixa litorânea. São quase 5 milhões de pessoas que se tornam usuárias do litoral, seja para lazer ou para atividades econômicas”, diz.
O envolvimento de grupos da sociedade civil, como associações de buggys e de barraqueiros, também foram importantes para o sucesso do projeto. “Está sendo combatido não só a questão do recolhimento do material descartado, mas o destino desse lixo, pois ele afeta a vida marinha, a balneabilidade da praia e a saúde humana”, afirma Gurgel.
Nesta segunda, foi lançada também uma cartilha contendo informações sobre os principais problemas existentes e orientações para as pessoas que frequentam as praias. O material foi elaborado a partir de informações e conteúdos apresentados e discutidos pelos representantes dos setores dos municípios que participaram das oficinas de educação ambiental do ano passado.
As ações deste ano vão acontecer nos munícipios de Barreiros, Cabo de Santo Agostinho, Goiana, Igarassu, Ipojuca, Ilha de Itamaracá, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Recife, Rio Formoso, Sirinhaém, São José da Coroa Grande e Tamandaré.
Na praia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco, a delimitação da área de visitação dos corais foi uma das medidas adotadas para preservar a fauna e a flora marinha. A pesca no local foi proibida.Segundo o coordenador de pesca do Ibama, Davson Oliveira, equipes do órgão realizam fiscalizações na praia. “Nos pontos comerciais onde são encontrados os corais retirados irregularmente é aplicada uma multa que varia de R$ 500 a R$ 50 mil, e mais R$ 20 por kg ou unidade do calcário encontrado”, explica.
O coordenador também afirma que os pescadores da região ajudam na preservação. “Em Porto de Galinhas os pescadores já estão conscientizados de que não podem utilizar aquelas faixas delimitadas, isso é bom para o meio ambiente”, comenta.

sábado, 15 de outubro de 2011

Dia do Consumo Consciente vai estimular preservação ambiental

Hoje às 14h00 - Atualizada hoje às 14h02


Dia do Consumo Consciente vai estimular preservação ambiental


O Ministério do Meio Ambiente promove hoje (15) o Dia do Consumo Consciente. Uma série de atividades para estimular o uso da sacola retornável e reduzir o consumo de sacos plásticos que prejudicam o meio ambiente. A ideia é recusar, durante as 24h do dia, as tão famosas sacolinhas. O objetivo é despertar a consciência do público para os problemas sociais, econômicos, ambientais e políticos causados por padrões de produção, consumo excessivo e insustentáveis praticados.

“Um consumidor consciente é aquele que faz escolhas inteligentes para sua qualidade de vida, para respeitar os limites do planeta e para respeitar as outras pessoas”, disse a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Samira Crespo

O ministério está promovendo uma campanha em quatro cidades brasileiras: Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Em parceria com o Metrô, estão sendo colocados contêineres e coletores em estações definidas. Do dia 14 até o dia 26 de outubro, serão coletados todos os materiais eletroeletrônicos que os consumidores quiserem descartar. A meta é coletar 50 toneladas de lixo eletrônico. O material recolhido será reaproveitado ou descartado de forma correta, sem danos para o meio ambiente.

“Tudo que a gente joga fora hoje pode voltar para economia, pode ter uma utilidade, tem valor econômico. Não tem mais nada na nossa sociedade que a gente possa desperdiçar”, disse Samira Crespo em entrevista ao programa Revista Brasil. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 17,5% da população brasileira têm lixo eletrônico em casa.

O Instituto Akatu (organização não governamental que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente) quer comemorar o Dia do Consumo Consciente de uma forma diferente, ocupando praças e parques em todo o país no domingo (16), com um convite para realizar piqueniques.