terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vestidos de árvores, ativistas protestam contra o desmatamento da Amazônia

Conferência na África do Sul 29/11/2011

10h54
Vestidos de árvores, ativistas protestam contra o desmatamento da Amazônia
Reunião da ONU discute as mudanças climáticas no mundo
Vestidos de árvores, ativistas protestam contra o desmatamento da Amazônia John Robinson,Greenpeace/AP
No segundo dia de uma conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU), ativistas do Greenpeace se vestiram de árvores, nesta terça-feira, em protesto ao desmatamento da Amazônia. A conferência é realizada em Durban, na África do Sul, e tem duração de duas semanas.
As faixas dos ativistas fazia clara menção à votação do Código Florestal no Senado, que deve ocorrer na quarta-feira. Em inglês e português, a mensagem dizia: "Senado, desliguem as motosserras".

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A formiga...

A formiga...

Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha.
A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela.
A formiga a carregava com sacrifício.
Ora a arrastava, ora tinha sobre a cabeça.
Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também a formiga.
Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa.
Eu a observei e acompanhei, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa.
Foi quando pensei: "Até que enfim ela terminou seu empreendimento".
Na verdade, havia apenas terminado uma etapa.
A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então entrar sozinha.
Foi aí que dissem a mim mesmo: "Coitada, tanto sacrifício para nada."
Lembrei-me ainda do ditado popular: "Nadou, nadou e morreu na praia."
Mas a pequena formiga me surpreendeu.
Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços.
Elas pareciam alegres na tarefa.
Em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços e eles estavam todos dentro do buraco.
Imediatamente me peguei pensando em minhas experiências.
Quantas vezes desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades?
Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la.
Invejei a força daquela formiguinha.
Naturalmente, transformei minha reflexão em oração e pedi ao Senhor:
Que me desse à tenacidade daquela formiga, para "carregar" as dificuldades do dia-a-dia.
Que me desse à perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas.
Que eu pudesse ter a inteligência, a esperteza dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais.
Que eu tivesse a humildade para partilhar com os outros o êxito da chegada, mesmo que o trajeto tivesse sido solitário.
Pedi ao Senhor a graça de, como aquela formiga, não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários me fazem virar de cabeça para baixo; mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver com nitidez o caminho a percorrer.
A alegria dos filhotes que, provavelmente, esperavam lá dentro pelo alimento, fez aquela formiga esquecer e superar todas as adversidades da estrada.
Após meu encontro com aquela formiga, saí mais fortalecido em minha caminhada.

domingo, 27 de novembro de 2011

Apelo do CMI pela proteção do meio ambiente

Home > Igreja > 27/11/2011 16.57.03

Apelo do CMI pela proteção do meio ambiente


Genebra (RV) - O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) fez um apelo aos Governos do mundo para que enfrentem de maneira decisiva e com medidas eficazes a questão das mudanças climáticas.
A conferência sobre o clima promovida pelas Nações Unidas, em Durban, na África do Sul, que terá início na segunda-feira, 28, amanhã, e prossegue até 9 de dezembro próximo, "é a maneira justa para agir com responsabilidade em favor da justiça e do respeito pelo meio ambiente" – destacou o Secretário-Geral do CMI, Pastor Olav Fykse Tveit, no jornal da Santa Sé L'Osservatore Romano.
"Um tema urgente que não pode ser adiado, sintoma de uma crise moral e espiritual. Desde os anos setenta, do século passado, o Conselho Mundial de Igrejas apoiou a construção de comunidades ecologicamente sustentáveis. Isso é ainda hoje mais atual, pois se tornou indispensável construir um futuro constituído de baixas emissões de gases poluentes" – frisou ele.
O Pastor Tveit ressaltou o que aconteceu nas Ilhas Samoa, em setembro passado, parte esta do mundo ameaçada pelo aumento das águas do Oceano Pacífico, conseqüência das mudanças climáticas global. Ele frisou que as Igrejas da região estão prontas para responder a esse desafio.
As últimas conferências internacionais sobre o clima, a realizada em Copenhague, na Dinamarca, em 2009, e em Cancún, no México, em 2010, não obtiveram bons resultados.
A conferência que terá início, amanhã, em Durban, corre o risco de se tornar a última oportunidade para a comunidade internacional enfrentar de maneira responsável o problema das mudanças climáticas, através da aplicação de um segundo período de compromissos do Protocolo de Kyoto e a adoção de medidas previstas pelo Green Climate Fund em defesa das áreas mais vulneráveis. (MJ

sábado, 19 de novembro de 2011

Brasil não tem plano de reação para grandes vazamentos de petróleo

Brasil não tem plano de reação para grandes vazamentos de petróleo


Projeto nacional, que havia sido reavivado em 2010, está 'quase concluído', segundo Ministério do Meio Ambiente

BBC Brasil
18/11/2011 19:17


Navios de apoio usando barreiras para recolhimento do óleo na Bacia de Campos, no dia 13 de novembro

O derramamento de petróleo em curso na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, pôs em evidência a ausência de um plano nacional para conter vazamentos de grandes proporções.

                                                                                   Foto: Divulgação

Em 2010, após o derramamento de óleo no Golfo do México – o maior do tipo já ocorrido na costa dos Estados Unidos –, o governo brasileiro prometeu avançar na criação do Plano Nacional de Contingência para Derramamento de Óleo, que preparasse a resposta emergencial do país a casos de vazamentos.

À época, representantes do Ministério do Meio Ambiente disseram, segundo a Agência Câmara, que pretendiam entregar um projeto ao Congresso Nacional ainda em meados de 2010.

Mais de um ano depois, porém, não há nenhum plano nacional em vigor para guiar a resposta ao vazamento em curso desde a semana passada no Campo de Frade, explorado pela multinacional Chevron.

Segundo a assessoria do Ministério do Meio Ambiente, o projeto está "quase concluído" e dependendo apenas de ajustes técnicos, no momento analisados pelo Ministério de Minas e Energia. Até o final de novembro deverá ser encaminhado para a Casa Civil. Só depois começaria a tramitar no Congresso. O teor do projeto não foi informado.

"Quando houve o vazamento no Golfo do México, o governo brasileiro se preocupou bastante, por causa (da exploração) do pré-sal. O ministério disse que (o derramamento) era algo raro, mas vemos que não é", disse à BBC Brasil Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de clima e energia da ONG ambientalista Greenpeace.



"Sabemos que foi feito um grupo de trabalho entre cinco ministérios (para a elaboração do Plano de Contingência), mas nada mais foi tornado público. A ideia ficou só pairando no ar."

Para Alessandra Magrini, professora de planejamento energético da Coppe-UFRJ, "é claro que o vazamento é de responsabilidade da empresa, mas o Estado tem que estar preparado para intervir imediatamente em caso de emergências, do ponto de vista logístico e de gestão".

Daí a importância, segundo ela, do Plano de Contingência, que, em sua opinião, deveria levar em conta, por exemplo, o tipo de barreira a ser usado para conter o óleo, o uso ou não de produtos dispersantes e a logística para chegar ao local do vazamento.

O Plano Nacional de Contingência é previsto pela lei 9.966, de 2000, que também prevê a criação de planos individuais emergenciais a serem feitos por entidades exploradoras de portos e operadores de plataformas.

Volume vazado

Em nota, a Chevron afirmou que conta com um plano aprovado pelo governo brasileiro e que está "mantendo os órgãos governamentais informados sobre todos os (...) passos na operação (de contenção do vazamento) e trabalhando em conjunto com todos (Agência Nacional de Petróleo, Ibama, Marinha)".

Segundo a empresa, "o poço já foi selado e o óleo no fundo do oceano reduziu-se a um gotejamento ocasional".

"Continuamos monitorando a mancha de óleo, que dissipou-se significativamente", diz a nota.

O total vazado até agora seria de cerca de 650 barris. A empresa estima que o volume de óleo na superfície do oceano seja inferior a 65 barris, número que foi questionado, segundo o jornal O Globo, por especialistas e pela própria ANP. O jornal levantou temores de que o volume vazado possa ser até 23 vezes superior a isso.

Para Leandra Gonçalves, do Greenpeace, o derramamento já pode ser considerado "de altas proporções", ainda que não seja tão grande quanto o que afetou a Baía de Guanabara, em 2000, ou o do Golfo do México, em 2010.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Projeto de inspeção veicular deve ser enviado à Câmara

Projeto de inspeção veicular deve ser enviado à Câmara


MONTEZUMA CRUZ 07/11/2011 00h00
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Foto: PAULO RIBAS/CORREIO DO ESTADO

Veículos antigos, mais poluidores, deverão ser reprovados no exame

A Câmara Municipal de Campo Grande aguarda para esta semana o envio do projeto de lei do Poder Executivo municipal para o cumprimento da Resolução nº 418/2009 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que determina a inspeção veicular ambiental. Os vereadores vão debater e votar a cobrança – valor, forma de pagamento e locais de arrecadação – da taxa de inspeção veicular ambiental. Ao mesmo tempo, os vereadores aprovarão a destinação do dinheiro a ser arrecadado com multas.
Em Campo Grande a inspeção começará a ser feita a partir de abril de 2012, num trabalho conjunto das secretarias de meio ambiente da capital e do estado; do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul e da Agetran. Inicialmente, a capital sul-mato-grossense adotaria o valor cobrado na cidade de São Paulo, ou seja, de R$ 61,98, que é alto e vem sendo contestado pela Câmara da capital paulista. Para o gerente da Auto Master (Distribuidor Ford), Fernando Oliveira, essa cobrança poderá recair sobre o consumidor, que recolheria a taxa de inspeção juntamente com o valor pago pelo licenciamento do veículo.
Carros antigos
Quem tem carro novo, despreocupe-se. Mas se estiver com veículos antigos, mais poluidores – seja automóvel, utilitário, ônibus ou caminhão – prepare-se porque eles certamente serão reprovados no exame. E se continuarem circulando, seus proprietários estarão sujeitos ao pagamento de multas.
Um dos integrantes do grupo que firmará convênio para fazer a inspeção, o Imasul espera um proveitoso encaminhamento dos métodos da inspeção até o final do ano. "Estudamos com a prefeitura os melhores meios de fazer esse trabalho, e um deles será a possibilidade de monitorar o controle da qualidade do ar com segurança", explica o diretor de desenvolvimento Roberto Gonçalves. Ele garantiu que os laboratórios de testes funcionarão aqui mesmo.
O presidente do Sindicato dos Despachantes no Estado de Mato Grosso do Sul, Sebastião José da Silva, desconhece o número da frota de carros velhos – malconservados ou inservíveis – em Campo Grande. Por essa razão ele elogia a inspeção: "Acredito que o modelo a ser adotado aqui seja o paulista, o de melhor resultado, mas precisamos da descentralização por parte do Detran."
É que esse órgão emite as guias de licenciamento mediante o pagamento por meio do boleto bancário. Segundo SIlva, isso "impede o Detran de conhecer a real situação da frota." Segundo ele, a inspeção possibilita "ver a cara do carro."
Em São Paulo, radares no trânsito flagram veículos que não passaram pela inspeção veicular ambiental. São equipamentos dotados do sistema de Leitura Automática de Placas (LAP).

sábado, 5 de novembro de 2011

ONG ambiental WWF comemora 50 anos

ONG ambiental WWF comemora 50 anos


Para diretor da ONG, Jim Leape, grande vitória foi colocar o conceito de desenvolvimento sustentável na agenda pública

EFE
04/11/2011 16:33

Conhecida por várias gerações pela sua sigla WWF e seu símbolo, o urso panda, a ONG comemora meio século de existência durante o qual foi uma das vozes líderes em defesa da preservação do meio ambiente.
"Várias gerações no mundo todo cresceram com a WWF, milhares de pessoas aderiram à nossa causa, conscientizadas da importância de preservar os recursos naturais", disse o diretor-geral da WWF Internacional, Jim Leape, na sede central da organização em Gland, na Suíça.
Questionado sobre qual seria a maior conquista da WWF nestes 50 anos, Leape escolhe a introdução do conceito de "desenvolvimento sustentável", em 1972, junto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A existência desse conceito seria impensável sem a experiência de uma década de conscientização social que a WWF já acumulava.
Isto pode parecer uma conquista menor se comparada com a sobrevivência do urso panda ou com a campanha de 2010 para salvar o tigre asiático, que contou pela primeira vez com o compromisso de governos de todos os países que abrigam esta espécie, como China, Índia e Indonésia.
No entanto, para Leape, a introdução do conceito de desenvolvimento sustentável na agenda pública representa um "ponto de inflexão" na maneira de abordar a conservação do meio ambiente, porque muita gente entendeu que o ritmo de crescimento voraz que marcou o século passado era "pão para hoje, mas fome para amanhã".
"Acho que podemos sentir orgulho de termos contribuído para criar uma consciência coletiva de que a proteção do meio ambiente requer um debate público sobre o desenvolvimento sustentável", afirmou Leape, que está há mais de 15 anos na WWF, seis deles no comando da entidade.
Apesar de todo o avanço no árduo caminho para salvar o planeta, a WWF sustenta que não chegou nem à metade do percurso, pois para suprir as atuais necessidades energéticas e de consumo do mundo seria necessário mais meio planeta.
"Usamos ao ano 50% a mais dos recursos que o planeta pode fornecer de maneira segura para garantir sua regeneração", denunciou o americano, de 55 anos. Ou seja, ainda estamos muito longe de alcançar a meta do "desenvolvimento sustentável".
Um dos efeitos mais nocivos do processo excessivo e voraz de crescimento do último século foi uma perda sem precedentes do número de espécies e de biodiversidade, que caiu em 30% desde 1970.
Mas nem tudo são más notícias no tema da conservação. Nestes últimos meses foi descoberta uma nova espécie de primatas no Brasil e, segundo um estudo recente da WWF, 90% do total de espécies que vivem no planeta - cerca de 8,7 milhões - ainda são desconhecidas.
"É um dado assombroso e encorajador, mas a contrapartida é que o número de espécies que já desapareceram pela ação do homem e que nem sequer chegamos a conhecer é provavelmente maior", lamentou.
O passo fundamental para conseguir um mundo melhor, que atinja esse estágio ideal de desenvolvimento sustentável, que preservaria a riqueza e biodiversidade do planeta e garantiria sua regeneração natural seria, segundo Leape, a conversão para um mundo alimentado exclusivamente por energias limpas e renováveis.
"Não só é possível, mas é algo absolutamente urgente e imperativo", explicou Leape, que chama de "dementes e cegos" os que ainda negam a mudança climática.
No entanto, o diretor da WWF - organização que emprega mais de 5 mil pessoas no mundo todo - é realista, e admite que os interesses das grandes companhias energéticas, especialmente as petrolíferas, são um grande empecilho para a "reconversão verde" do planeta.
Após analisar tudo o que foi consquistado até o momento e à luz dos desafios que o planeta ainda enfrenta, Leape afirmou que nos próximos 50 anos a WWF vai ter que trabalhar mais duro do que nos seus primeiros 50 anos de existência como "catalisador da mudança".
"É uma ironia cruel que na comemoração do nosso aniversário, quando vemos tudo o que conseguimos juntos, termos que pensar ainda que precisemos fazer muito mais", afirmou.
As emissões de carbono, a escassez de água, a poluição dos oceanos, o aquecimento global, a superexploração da pesca e a perda de biodiversidade são os problemas ambientais mais urgentes.
Para o principal dirigente da WWF, estes são os indicadores do "desprezo com o qual o homem, em sua vida urbana e moderna, continua tratando a natureza".