quarta-feira, 30 de maio de 2012

Meio Ambiente aprova uso de multas ambientais para arborização

30/05/2012 12:08

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou nesta quarta-feira (30) proposta que torna obrigatória a aplicação de 10% do valor arrecadado com multas ambientais em ações de arborização urbana e de recuperação de áreas degradadas. Pela proposta, os recursos deverão ser investidos no município onde ocorreu a infração, segundo critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente.


O texto aprovado foi o substitutivo da relatora, deputada Rebecca Garcia (PP-AM), ao Projeto de Lei 5987/09, do deputado Roberto Britto (PP-BA). No substitutivo, a relatora incluiu, como objeto de financiamento, as áreas degradadas. O projeto original previa a aplicação do valor apenas nas ações de arborização urbana.

“O crescimento das novas árvores contribui como absorvedor de carbono, diminuindo a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera e seu efeito estufa, responsável pelo aquecimento global e pela consequente mudança climática”, justifica Rebecca.

A deputada ressalta que as árvores têm papel importante no controle da poluição do ar, além de tornarem o clima das cidades mais ameno. “Cidades do porte de São Paulo apresentam temperaturas no centro urbano até 10º C maiores que as encontradas nas áreas periféricas menos urbanizadas e mais arborizadas”, informa. Segundo Rebecca, locais urbanos arborizados conseguem ainda de 15% a 40% de aumento na umidade relativa do ar.

Tramitação

A proposta, de caráter conclusivo, será analisada agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

PL-5987/2009

Reportagem – Lara Haje

Edição - Natalia Doederlein

Acesso em : 30 maio 2012.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mistério no Peru por morte de golfinhos e pelicanos

Por Por Luis Jaime Cisneros | AFP1 hora 13 minutos atrás
"A Direção Executiva de Saúde Ambiental determinou às prefeituras que orientem a população sobre o risco de se frequentar as praias onde há golfinhos e pelicanos mortos", assinala o ministério da Saúde.
Ao menos 1.500 aves, a maioria pelicanos, morreram de causa desconhecida nas últimas duas semanas, do mesmo modo que 877 golfinhos, segundo o ministério do Meio Ambiente.
"Enquanto não soubermos com certeza as causas científicas das mortes manteremos as medidas", disse nesta segunda-feira o diretor de proteção ambiental do ministério da Saúde, Bernardo Ausejo.
"Esperamos que dentro de cinco a dez dias" possamos liberar as praias, assinalou Ausejo, em meio à pergunta mais popular do país: o que está matando os golfinhos e pelicanos?
Abraham Levy, presidente da Meteorológica, a principal empresa privada de previsão do tempo no Peru, atribui as mortes ao aquecimento das águas do mar, devido ao fenômeno climático El Niño.
"O último caso de morte em massa de aves marinhas data de 1997 (...) e em ambos houve um importante aquecimento do mar", disse Levy à AFP.
"O aquecimento do mar altera a cadeia alimentar, que é algo complexo que começa com o plancton e acaba nas aves marinhas para as aves, e no lado dos mamíferos acaba nos lobos marinhos...", explicou Levy.
A ex-vice-ministra da Pesca Patricia Majluf disse que a morte das aves se deve à falta de enchovas, que migram para o sul diante do aquecimento das águas, e que os golfinhos são vítimas de um vírus.
O biólogo Carlos Bocanegra, professor da Universidade Nacional de Trujillo (norte), afirma que os golfinhos são vítimas da prospecção de petróleo e gás nas águas do Pacífico norte peruano.
"Não é surpresa a morte dos golfinhos. São os ruídos que estão matando os golfinhos que depois aparecem nas praias", declarou Bocanegra à rádio RPP, descartando a presença de um vírus.
Sobre os pelicanos, Bocanegra concorda que a causa é a ausência de enchovas devido ao aquecimento das águas: "a temperatura do mar em La Libertad (norte) chegou a 22 graus, quando não deve superar os 17 graus".

sábado, 5 de maio de 2012

O que é um Cidadão Verde? 7 Regras para identificar


Por Ricardo Kohn
Eschola.com – 01/05/2012 13:09:00

Muitas pessoas acham que para ser um cidadão verde é essencial possuir uma floresta dentro de casa! Esquecem-se que cada vaso ou canteiro de plantas terá a sua própria fauna e o cidadão vai ficar mesmo é roxo de tanto comprar defensivos para acabar com ela. E não vai conseguir qualquer resultado positivo. Os bichinhos beberão os venenos, mas nem todos subirão aos céus. Os que restarem na sua casa se tornarão imunes e logo procriarão muitos filhotes saudáveis, também insensíveis aos efeitos dos ditos “remédios”.

Imaginemos então que temos uma casa, pequena e confortável (90 m2), com algum terreno ao seu redor, nada exagerado (apenas mais dois metros de perímetro). O que faria com ela um cidadão atento a seu ambiente? Pois veja o que é possível fazer.

1- Uso do terreno – sempre é possível plantar árvores frutíferas, canteiros de espécies que dão flor e canteiros de grama. Pequenas hortas também são muito benvindas. Planejar estes espaços é importante para que o jardim não se transforme em um matagal. E, ao contrário, atraia pássaros e insetos produtivos, como algumas espécies de abelhas. Por fim, amenize o microclima da casa e o de seus vizinhos.

2- Fauna urbana – há diversas espécies da fauna que criam seus habitats junto às atividades do homem. Algumas são desejáveis, outras nem tanto. Nas áreas urbanas, gatos, pássaros, ratos, baratas, formigas e mosquitos são atraídos pelas atividades das famílias. No entanto, os pássaros e as abelhas são bons aliados que todos devemos desejar. Os gatos também e muitas vezes são criados na própria casa. Os pássaros em liberdade, além de iluminarem as pessoas, alimentam-se de frutas e insetos em geral. Cremos que é possível estabilizar a fauna urbana da casa, em função de sua cadeia trófica (quem come quem ou o quê?...).

3- Água – captar e armazenar a água da chuva é uma prática que se torna cada vez mais comum e barata de ser realizada, sobretudo pelo cidadão verde. Essa água deve ser usada para a rega do jardim e para lavar carros e calçadas, reduzindo o consumo de água tratada.

4- Energia – as unidades domésticas de captação de energia solar estão começando a serem utilizadas no Brasil. Permitem economias entre 30 e 50% nas contas de luz. Nada mal...

5- Reuso e reciclagem – nesse item muito cidadão que quer ser verde “entra pelo cano”. Não sabe o que é reuso, o quê reusar, o quê pode ser reciclado, como reciclar ou para onde enviar material reciclável. Propomos que você faça uma pesquisa na internet, pois vai encontrar todas as informações de que precisa. Desde já afiançamos que garrafas pet, papel e papelão, jornais e revistas, vidros, metais, equipamentos eletrônicos, lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias, dentre outros, quando se tornam inservíveis, ou podem ser reusados ou há empresas que os reciclam.

6- Águas servidas – águas da cozinha e dos banheiros são denominadas águas servidas. É possível reduzir a quantidade dessas águas, em especial as águas de descarga dos vasos sanitários. Há como instalar vasos com sucção à vácuo, reduzindo cerca de 70% da água necessária às descargas.

7- Relação com vizinhos – diríamos que as boas relações com nossos vizinhos são um dos principais meios para a formação dos cidadãos verdes. Não temos dúvida de que, ao melhorarmos o ambiente de nossa casa, estaremos beneficiando nossa própria qualidade de vida. Imaginemos se conseguirmos que nossos vizinhos façam coisas semelhantes? Se morarmos em um condomínio as práticas verdes poderão ser todas implantadas com custos mais baixos e com resultados positivos bem maiores para todos.