Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/05/2013
Mas será que o caminho é realmente investir em cidades? Parece que
sim, desde que sejam cidades concebidas em novos formatos.
[Imagem: Divulgação]
Cidades do futuro
Iskandar Malásia - este é nome da primeira "metrópole inteligente" do sudeste
asiático.
A cidade está sendo construída com fundações firmes em princípios de
integração social, baixas emissões de carbono, economia verde, tecnologias verdes, sustentabilidade e todos os demais
conceitos relacionados com uma nova economia mundial.
Mas será que o caminho é realmente investir em cidades? Parece que sim, desde
que sejam cidades concebidas em novos formatos.
As Nações Unidas estimam que a população humana passará dos atuais 7 bilhões
para 9 bilhões até 2050 - e mais de 6 bilhões vão viver em ambientes urbanos, um
número que é quase o dobro de hoje.
Esse aumento exigirá a construção de uma cidade de 1 milhão de habitantes a
cada semana até 2050, segundo cálculos dos especialistas.
Além disso, o estresse ambiental causado por esse intenso crescimento urbano será imenso - mais de 70% das emissões de
CO2 hoje se relacionam com as necessidades das cidades.
É por isso que especialistas internacionais afirmam que Iskandar e
outros empreendimentos do tipo são modelos para o desenvolvimento urbano sobretudo nos países emergentes, com
populações que crescem a taxas mais altas.
Opções para o futuro
E dinheiro para isso também parece não faltar.
Iskandar já se mostrou um poderoso ímã para o investimento privado, incluindo
enormes estúdios da
Pinewood Films, o primeiro parque temático Legoland
da Ásia, e campi remotos de diversas universidades ocidentais, incluindo
Universidade Newcastle do Reino Unido, Universidade de Southampton e Marlborough
College, todas localizadas na "edu-city" de 140 hectares.
De 2006, quando o projeto foi iniciado, até junho de 2012, Iskandar atraiu
US$ 31,2 bilhões em investimentos, 38% dos quais vindos de fontes
estrangeiras.
Isso é menos do que custará a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
A diferença é que, em vez de consumo de recursos públicos e estádios sem
utilização, a cidade de Iskandar deverá ter um PIB de US$ 93,3 bilhões em 2025,
um aumento de 465% em relação a 2005, antes do início do projeto - um PIB per
capita de US$ 31.100 dólares.
Além da "metrópole inteligente" de Iskandar, a Malásia está criando
"aldeias inteligentes" e "eco-cidades", constituídas de casas a preços
acessíveis, instalações educacionais, de formação e de lazer de alta tecnologia e um sistema agrícola criativo, em circuito fechado,
proporcionando alimentos e renda suplementar aos moradores das pequenas
cidades.