terça-feira, 30 de julho de 2013

Projeto Dilúvio Azul é novidade para a Semana da Água

Semana da Água
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José Fortunati e Flávio Presser em audiência com Nanci Giugno, da Abes-RS
Foto: Cristine Rochol/PMPA
A Semana da Água deste ano dará destaque para o Arroio Dilúvio. O objetivo do projeto Dilúvio Azul, criado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária do Rio Grande do Sul (Abes-RS) e apoiado pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), é conscientizar os porto-alegrenses sobre os cuidados com o arroio. A ação foi apresentada nesta segunda-feira, 29, ao prefeito José Fortunati, pela presidente da Abes-RS, Nanci Giugno. Também participaram da reunião o diretor-geral do Dmae, Flávio Presser, a coordenadora da Semana da Água, Maria de Lourdes Wolff, a coordenadora-geral da Unidade de Comunicação Social do Dmae, Angélica Ritter, e o assessor de comunicação da Abes-RS, Alberto Jacobsen. (fotos)
“Essas iniciativas são essenciais para o sucesso do trabalho que a prefeitura vem desenvolvendo de despoluição do Guaíba, de limpeza dos arroios, de saneamento. A comunidade tem que ser parceira e, por isso, temos que investir em educação, na conscientização. Não adianta limpar o arroio, canalizar e tratar o esgoto se a população não ajudar a preservar nossos recursos hídricos”, disse Fortunati.
Dentro do projeto, serão realizadas atividades como visitas programadas, intervenções socioculturais nas margens, instalação de totens informativos e um abraço simbólico ao arroio. O Dilúvio Azul deve ser um dos grandes destaques da 3ª Semana da Água, que será realizada de 5 a 12 de outubro.
“Porto Alegre e o Rio Grande do Sul são referências nesse tipo de atividade. A gente viaja o Brasil apresentando essa iniciativa, e a repercussão é sempre muito positiva. O envolvimento dos órgãos públicos e da comunidade aqui na cidade é um modelo que estamos levando para o governo federal, para que seja criada também a Semana Nacional da Água”, disse a presidente da Abes-RS, Nanci Giugno.
Semana da Água – A Abes-RS, em parceria com o Dmae, realiza a terceira edição da semana, que neste ano terá como tema “Cuidar do arroio é proteger a água”. É uma ação paralela à 20ª Semana Interamericana da Água e a 13ª Semana Estadual da Água e busca mobilizar e sensibilizar a sociedade sobre a importância de proteger a água como bem finito. Serão sete dias de atividades envolvendo a comunidade e órgãos públicos. Estima-se que os três eventos atinjam, de forma direta e indireta, cerca de 1,5 milhão de pessoas.
Arroio Dilúvio – Nasce nos limites entre Porto Alegre e Viamão. Possui um total de 17.605 metros de extensão, desembocando no Lago Guaíba, entre os parques Maurício Sirotsky Sobrinho (Harmonia) e Marinha do Brasil.

Fonte: site da PMPA, 29/07/2013
Texto de:
Melina Fernandes
Edição de: Vanessa Oppelt Conte
Assessoria de Comunicação / Abes-RS


Disponível em: http://portal.abes-rs.org.br/?p=14732

sábado, 27 de julho de 2013

As cinco novas maravilhas naturais

Uma cordilheira, um vulcão, dois desertos e um parque imenso, todos com paisagens e ecossistemas de uma beleza única e majestosa, acabam de somar-se à lista de lugares considerados pela Unesco como especialmente valiosos para a Humanidade.

Algumas das joias, obras de arte e monumentos mais espetaculares e belos que existem em nosso mundo, não foram criadas pelas prodigiosas mentes e habilidosas mãos dos seres humanos, mas são o resultado da incessante e lenta atividade transformadora da natureza ao longo de milhares e milhares de anos.

Cinco destas grandes maravilhas naturais acabam de ser incorporadas à lista de Bens do Patrimônio da Humanidade, dirigida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O Parque Nacional do Tadjiquistão, uma extensa área que ocupa
18% do território do país, foi acrescentado à …

Assim, o deserto de Pinacate (México), o monte Etna (Itália), o Parque Nacional Tayik (Tadjiquistão), a cadeia montanhosa de Xinjiang Tianshan (China) e o Mar de Areia (Namíbia) foram incluídos na categoria também conhecida como Patrimônio Mundial, seguindo as recomendações dos especialistas da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN).

Segundo a Unesco são fontes insubstituíveis de vida e inspiração, e entram em uma lista que inclui lugares tão únicos e diversos como a floresta de Serengueti na África oriental, as pirâmides do Egito, a Grande Barreira de Corais na Austrália e as catedrais barrocas da América Latina.

O Mar de Areia da Namíbia foi incluído na categoria seguindo
as recomendações dos especialistas da União Internacional …

"Desde os vastos desertos da Namíbia e México às altas cordilheiras na China e Tadjiquistão, passando por um vulcão na Itália, os novos lugares do Patrimônio Mundial são uma celebração da beleza da natureza e de nosso compromisso conjunto para conservá-la para as gerações vindouras", afirmou Tim Badman, que dirige o Programa de Patrimônio Mundial da UICN.
A maravilhado mar de areia
Durante a 37ª reunião do Comitê do Patrimônio Mundial, realizada em Phnom Penh, no Camboja, Badman se mostrou confiante em que a atenção gerada por este reconhecimento, efetuado sob altos padrões de seleção, ajude a consolidar a conservação destes espaços nas gerações futuras e o aumento das relações entre autoridades, ONGs, cientistas e povoações destas áreas geográficas.

Com seus 1.600 metros de diâmetro a elegante Cratera é a
maior na Reserva do Pinacate e do Grande Deserto de …

A extraordinária variedade da paisagem do Pinacate e da Reserva da Biosfera de Grande Deserto de Altar, no México, com suas dunas e crateras vulcânicas profundas, deram a este extraordinário habitat de uma grande iversidade de espécies e grande riqueza cultural o status de Patrimônio Mundial.

Segundo UICN, este espaço natural compreende dois tipos de paisagem muito diferentes: ao leste existe um escudo vulcânico inativo, o Pinacate, com extensos fluxos de lava, dez grandes crateras circulares quase perfeitas e mais de 400 cones de cinza; e a oeste, abriga o deserto de Grande Altar, o maior campo de dunas de areia ativas, que chegam a alcançar 200 metros de altura.

Esta maravilha natural está localizada no Deserto de Sonora, um ecossistema que cobre mais de 715 mil hectares de superfície entre México e Estados Unidos. A área também possui uma rica história arqueológica e é considerada sagrada pelos indígenas Tohono O'odham, que vivem nos dois lados da fronteira internacional.

O Mar de Areia da Namíbia, um deserto denominado de nevoeiro litorâneo, único em seu tipo e dotado de ampla variedade de grandes dunas móveis, é um lugar de uma grande beleza natural, onde as condições atmosféricas oferecem uma visibilidade excepcional da paisagem durante o dia e do deslumbrante céu do hemisfério sul à noite.

Segundo a UICN, a vida no Mar de Areia - o primeiro lugar em dez anos a ser inscrito sob todos os critérios do patrimônio mundial natural - é dura, já que "as comunidades de plantas e animais estão continuamente adaptando-se à vida neste entorno extremamente árido".

Dois tesouros naturais na ásia


A área montanhosa de Xinjiang Tianshan, situada na parte
oriental da cordilheira Tianshan, que se estende …

A área montanhosa de Xinjiang Tianshan, que fica na parte oriental da cordilheira Tianshan, que se estende por China, Cazaquistão, Uzbequistão e Quirguistão, contém uma incrível variedade de ecossistemas, incluindo suas montanhas cobertas de neve e profundos cânions de cor vermelha.

Seu impacto visual reforça os contrastes entre as zonas de montanha e os vastos desertos de Ásia Central, e entre as ladeiras do sul seco e as pistas muito úmidas do norte. Este enclave, que é um exemplo extraordinário do curso dos processos evolutivos biológicos e ecológicos em uma zona de clima continental árido temperado, abriga uma excepcional diversidade de espécies, que inclui 94 "plantas-relíquia" cuja origem remonta a mais de dois milhões e meio de anos de antiguidade.

Já o Parque Nacional do Tadjiquistão, uma extensa área que ocupa 18% do território do país, uma antiga República da União Soviética, que fica em uma zona excepcional da cordilheira de Pamir, foi acrescentado à lista dos lugares naturais mais belos do mundo por suas espetaculares e variadas paisagens, entre as quais há picos e lagos alpinos, assim como extensos campos de geleiras.

Este espaço natural, que abriga algumas das maiores montanhas do mundo, um deserto alpino de excepcional beleza natural e a geleira Fedchenko, que tem 77 quilômetros de comprimento, é o lar do urso pardo, do leopardo-das-neves, das ovelhas de Marco Polo, do ibex siberiano e do ganso indiano.

O monte Etna italiano, conhecido por seu excepcional nível de
atividade vulcânica que tem se registrado há séculos, …

O quinto lugar selecionado pela UICN foi o monte Etna italiano,conhecido por seu excepcional nível de atividade vulcânica que se registra há séculos. É um dos vulcões mais estudados e monitorados no planeta e a informação científica que gera segue influenciando a vulcanologia, a geofísica e outras ciências da Terra.

Este monte, situado na costa leste da Sicília possui 3.329 metros de altura e é um exemplo extraordinário de processos geológicos em curso e das formações vulcânicas, e "seus valores científicos, culturais e educativos são de importância global", segundo Tim Badman, que espera que sua nova categoria de Patrimônio Mundial traga consigo uma maior proteção deste monte, "principalmente da crescente pressão do turismo".

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Sumiço de metade da população de borboletas na Europa indica queda de biodiversidade



Relatório indica intensificação da agricultura como um dos principais fatores para a diminuição das borboletas na região. Mudanças climáticas também contribuíram para sumiço de metade da população desses insetos.
Nas últimas duas décadas, a população de borboletas diminuiu 50% nas regiões de pradaria na Europa – principal habitat desses insetos no continente. Essa redução indica uma perda de biodiversidade preocupante na região, segundo o relatório da Agência Europeia do Ambiente, EEA, divulgado nesta terça-feira (23/07).
A pesquisa analisou dados de 1990 a 2011 sobre 17 espécies de borboletas em 19 países europeus. Esse tipo de inseto é um indicador importante para apontar tendências para outros insetos terrestres que, juntos, formam mais de dois terços de todas as espécies do planeta. Por isso, a agência usa as borboletas como base para medir a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas na Europa.
"Essa dramática redução de borboletas de pradaria é alarmante – em geral, esses habitats estão diminuindo. Se nós não conseguirmos mantê-los, nós poderemos perder muitas espécies no futuro", ressaltou Hans Bruyninckx, diretor executivo da EEA. Ele chama a atenção para a importância das borboletas e outros insetos na polinização. "O que eles carregam é essencial para os ecossistemas naturais e para a agricultura."
Das espécies analisadas, oito registram declíno, duas permaneceram estáveis e apenas a população de uma cresceu. O relatório não conseguiu observar a tendência das demais seis espécies examinadas.
Desaparecimento de borboletas preocupa Europa
Agricultura e abandono
Os principais fatores para essa queda é intensificação da agricultura em regiões planas e de fácil cultivo, aponta o estudo. A prática deixa a terra estéril e prejudica a biodiversidade. Outros motivos seriam o abandono de terras em áreas montanhosas e úmidas, principalmente nas regiões sul e leste da Europa, devido à baixa produtividade. "Sem qualquer forma de administração nesses locais, a pradaria será gradualmente substituída por mato e floresta", indica o relatório.
Além disso, a intensificação e o abandono também são responsáveis pela fragmentação e o isolamento das regiões remanescentes. Dessa maneira, as chances de sobrevivência das espécies locais e de recolonização em áreas onde elas foram extintas ficam reduzidas.Os pesquisadores apontam o uso de pesticidas como outro vilão – levados pelo vento, eles acabam matando as larvas desses insetos.
"O Indicador Europeu de Borboletas de Pradaria pode ser usado para avaliar o sucesso de políticas agrícolas", afirma a EEA. Segundo o relatório, o financiamento sustentável de indicadores de borboletas pode contribuir para validar e reformar uma série de políticas e ajudar a atingir a meta dos governos europeus de reduzir a perda de biodiversidade até 2020.
Pradarias estão diminuindo na Europa
Os contadores de borboletas
Estima-se que, das 436 espécies de borboletas presentes na Europa, 382 sejam encontradas em regiões de pradaria em pelo menos um país europeu. Desde de 1950, a vegetação sofre alterações devido ao uso do solo e, em alguns países, ela pode ser encontrada apenas em áreas de reserva natural atualmente.
Milhares de profissionais treinados e voluntários contribuíram para a realização do estudo: eles contaram borboletas em aproximadamente 3500 faixas de pradarias espalhadas pela Europa. Na região, o primeiro trabalho do tipo foi feito pelo Reino Unido, em 1976.
Disponível em: http://www.dw.de/sumi%C3%A7o-de-metade-da-popula%C3%A7%C3%A3o-de-borboletas-na-europa-indica-queda-de-biodiversidade/a-16971449





domingo, 21 de julho de 2013

Cavalos-marinhos do litoral do Rio de Janeiro correm risco de extinção

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais

Perda de habitat e pesca

Cavalos-marinhos do litoral do Rio de Janeiro correm risco de extinção

06 de maio de 2013 às 10:20

Foto: O Dia
Foto: O Dia
Eles medem pouco mais de dez centímetros, vivem escondidos no mar e são muito cobiçados por colecionadores, por serem belos e exóticos. Ameaçados de extinção, os cavalos-marinhos despertaram a curiosidade de um grupo de pesquisadores do Rio de Janeiro, que, além de estudar as peculiaridades desse tipo de peixe, cuida para que ele seja bem tratado pelo homem.
Criado há dez anos, o Projeto Cavalos-Marinhos do Rio de Janeiro monitora os animais presentes na Ilha Grande; na Praia João Fernandes, em Búzios; e na Praia da Urca, no município do Rio.
Considerados ‘sedentários’ e pouco ativos, os cavalos-marinhos vivem, em média, 4 anos. Eles não têm predador específico, devido aos anéis ósseos que possuem no corpo, o que os torna ‘impalatáveis’. Apesar da aparente vida tranquila, eles estão ameaçados de extinção e correm o risco de desaparecer da costa brasileira.
Os motivos vão desde a pesca, até a crença de que podem curar doenças. “Há pessoas que os pescam para colocar em aquários, pois eles são coloridos. Já os caiçaras acreditam que curam asma”, conta a coordenadora do projeto, a bióloga Natalie Freret.
Outra causa do desaparecimento é a destruição da região costeira para a construção imobiliária, diminuindo possíveis lares dos cavalos-marinhos.
O projeto liderado pela bióloga também atua em escolas, alertando crianças sobre espécies ameaçadas de extinção. “Peço que as pessoas não comprem cavalos-marinhos, porque eles são retirados da natureza e isso prejudica a saúde e o equilíbrio ambiental”, declara, acrescentando que mergulhadores devem evitar pisar em recifes rochosos, já que é neles que o animal vive.
Adote um cavalo-marinho do Rio
Não é preciso explorar o fundo do mar para ajudar um cavalo-marinho. O site Bicharia recebe doações em dinheiro que financiam projetos com animais em perigo. O valor da contribuição varia de R$ 5 a R$ 500 e a quantia vai para o Projeto Cavalos-Marinhos do Rio de Janeiro. Com a verba, os pesquisadores pretendem intensificar a ação em Búzios, fazer campanhas de conscientização com turistas e descobrir informações como período de reprodução e habitat de maior ocorrência.
Animais diferentes despertaram paixão do grupo de cientistas
O campo de atuação do Projeto Cavalos-Marinhos do Rio inclui pesquisas em laboratório, análise comportamental e genética das espécies e aulas de educação ambiental.
A bióloga Natalie Freret disse que optou pelos animais por eles serem diferentes. Ao contrário da maioria dos seres vivos, no caso do cavalo-marinho é o macho que fica ‘grávido’, por exemplo. As fêmeas injetam os óvulos em uma bolsa e lá ocorre a fecundação. A gestação dura 25 dias. Para saber com quantas fêmeas o macho cruzou, pesquisadores coletam e estudam os filhotes.
Sobre a análise populacional, a maior concentração foi encontrada em Búzios, com 13 indivíduos. Em outros locais, a média é de cinco cavalos-marinhos. “A população não é fixa e não encontramos sempre os mesmos”, conta.
Segundo ela, o grupo estuda a relação genética entre os cavalos-marinhos do estado. O objetivo é descobrir se as populações foram formadas isoladamente ou se possuem relação entre si. “Encontramos fluxo genético entre os cavalos-marinhos. Há filhotes levados pela correnteza, que acabam crescendo em outro local e lá se multiplicam”, explica a especialista.
Fonte: O Dia

Disponível em: http://www.anda.jor.br/06/05/2013/cavalos-marinhos-do-litoral-do-rio-de-janeiro-correm-risco-de-extincao

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Novas exigências no gerenciamento de áreas contaminadas podem estimular mercado de trabalho

Novas exigências no gerenciamento de áreas contaminadas podem estimular mercado de trabalho

Data de publicação:
original_news_1_800px (Custom)Somente em 2009, com a aprovação da Resolução nº 420 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), o Brasil passou a ter diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas. A medida, que estabelece uma série de obrigações e responsabilidades aos estados, permitirá ao país superar uma defasagem de décadas nos mecanismos de prevenção, proteção e controle da qualidade do solo e águas subterrâneas, bem como no gerenciamento de áreas afetadas por substâncias nocivas à saúde humana.
Para tratar da questão, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Seção Rio Grande do Sul (Abes-RS) promove, nos dias 4 e 5 de novembro, o II Seminário Sul-Brasileiro de Gerenciamento de Áreas Contaminadas. O evento ocorre no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.
Com palestras, paineis e discussões, o encontro pretende avaliar a evolução dos estados do Sul no atendimento às exigências definidas pelo CONAMA, as tecnologias de avaliação dos passivos ambientais, além de discutir a questão no que se refere à forma de licenciamento, principalmente em relação às incorporações imobiliárias.
Fernando_Zorzi_DSC00126 (Small)SUBSTÂNCIAS TÓXICAS - O coordenador do evento, geólogo Fernando Zorzi, explica que, quando contaminantes se infiltram no solo ou nas águas subterrâneas, são capazes comprometer a qualidade ambiental dos meios afetados e a saúde da população envolvida.
“Contudo, enquanto no Brasil, até pouco tempo atrás, as discussões sobre o tema eram incipientes, o assunto já é pauta na América do Norte e em países da Europa há muito mais tempo”, informa ele, frisando que agora, com a resolução 420/2009, os estados possuem ferramentas mais sólidas para o gerenciamento de áreas contaminadas.
MERCADO AQUECIDO – O CONAMA tornou a avaliação de eventuais impactos no solo e nas águas subterrâneas obrigatória em várias situações. Essa é uma das tantas medidas que levam Zorzi a perceber uma mudança de paradigmas em relação ao controle dos problemas ambientais. Nesse sentido, ele prevê uma significativa abertura no mercado de trabalho brasileiro.
“Inclusive, a Abes-RS instalou, em 2011, um Grupo Técnico de Discussão com a missão, entre outros itens, de criar oportunidades de capacitação e treinamento para o público interessado no gerenciamento de áreas contaminadas”, lembra.
ALTOS CUSTOS - Entretanto, registra o geólogo, antes mesmo de ser uma exigência, algumas empresas já vinham realizando os estudos espontaneamente. “Na maior parte dos casos, elas haviam absorvido, por meio do contato com países estrangeiros, o modelo cultural do Primeiro Mundo”, observa.
Porém, ele fala dos altos custos das avaliações necessárias. “Temos todo o aparato tecnológico para fazer um bom trabalho, mas muitas organizações não possuem condições de arcar com os valores praticados. Assim, podem acabar contratando empresas menos qualificadas, que, consequentemente, elaboram projetos precários”, afirma.
POLÍTICAS PÚBLICAS – Acerca das ações prioritárias para atender às determinações do CONAMA, Zorzi destaca a necessidade de realizar um inventário de áreas contaminadas, publicar a relação das atividades com potencial de contaminação e definir procedimentos e critérios para registro do estágio atualizado quanto à presença de passivos ambientais nas matrículas dos imóveis. Além disso, diz ser fundamental que essas informações estejam integradas entre órgãos federais, estaduais e municipais.
Texto: Helena Moreira Dutra – jornalista
Fotos: Alberto Jacobsen
Assessoria de Comunicação / Abes-RS

Disponível em: http://portal.abes-rs.org.br/?p=14417

terça-feira, 16 de julho de 2013

Cientistas holandeses inventam pavimento que absorve a poluição

Apesar de elevar em 50% o preço do pavimento, tecnologia reduz em até 45% a concentração de poluentes

BBC
Cientistas holandeses inventaram um pavimento que absorve a poluição. A tecnologia poderia ter enormes implicações para a redução dos custos ambientais de carros e caminhões em todo o mundo.

Uma repórter da BBC visitou uma cidade na Holanda que está testando o pavimento fotocatalítico. O preço da pavimentação, porém, sobe em cerca de 50%.
China, África do Sul e Estados Unidos têm demonstrado interesse no potencial desta nova tecnologia.
 

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Secretaria Estadual de Meio Ambiente apreende madeira ilegal no Piauí

 
 
09/07/2013

Secretaria Estadual de Meio Ambiente apreende madeira ilegal no Piauí

Operação denominada “Aroeira Dois” aconteceu na região Sul do Estado.
Foram apreendidas 240 estacas de aroeiras e 40 toras já beneficiadas.
Destruição de fornos e embargo de loteamentos (Foto: Ascom)
Destruição de fornos e embargo de loteamentos (Foto: Ascom)

Uma operação de fiscalização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) resultou na apreensão de equipamentos e madeira, lacre de um matadouro, destruição de fornos e embargo de loteamentos.

A operação denominada ‘Aroeira Dois’ aconteceu na região Sul do Estado, após registro de denúncias. Uma equipe formada por fiscais do órgão e policiais militares percorreu a região do município Morro Cabeça no Tempo, onde ficou constatada a exploração ilegal de aroeira, espécie que está protegida por lei.

Segundo o fiscal ambiental Francisco Mascarenhas, foram apreendidas 240 estacas de aroeiras e 40 toras já beneficiadas e prontas para o transporte. Toda a madeira estava sendo colocada em depósitos no meio da mata.

“Quando chegamos aos acampamentos, os madeireiros fugiram utilizando-se de armas de fogos. Nos acampamentos encontramos moto-serra, motocicletas, uma grande quantidade de alimentos e água, redes para dormir e todo o material que garantiria a manutenção no meio da mata, por pelo menos uma semana”, falou.

apreensão de equipamentos e madeira (Foto: Ascom)

apreensão de equipamentos e madeira (Foto: Ascom)

Os fiscais percorreram toda a região em busca de mais acampamentos e encontraram depósitos de madeira. Também foram notificados dois loteamentos irregulares. Estes foram embargados por falta de documentação de licenciamento ou execução de serviços em desacordo com licença expedida.

Ainda de acordo com o fiscal, a região de Morro Cabeça no Tempo vem sendo constantemente, explorada pelos madeireiros, com o desmate ilegal da espécie aroeira.
O fiscal Renato Nogueira explica que alguns madeireiros passam dias, semanas acampados na mata realizando o corte das árvores que é de grande valor comercial, utilizada, principalmente, na construção de imóveis.

A aroeira é uma árvore que pode atingir mais de 20 metros de altura e é uma espécie ameaçada de extinção, protegida por lei federal. Quem realiza corte desta espécie de maneira ilegal, poderá ser responsabilizado criminalmente. Além disso, o indivíduo que infringir a lei estará sujeito à multa.

O tráfico da madeira é destinado para a região dos estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo. “Realizamos a operação acompanhados da Polícia Ambiental, mas não conseguimos efetuar prisões. A multa para este tipo de crime ambiental, considerando uma área superior a 100 hectares, é de R$ 90 mil”, disse Mascarenhas.

Além da madeira apreendida, os fiscais lacraram um matadouro particular na região de Uruçuí. O mesmo já havia sido embargado e descumpria uma determinação da Semar, com a continuidade dos serviços. A multa aplicada é no R$ 50 mil.

Toda a madeira apreendida deverá ser doada para instituições sem fins lucrativos. Já os equipamentos estão no Parque Zoobotânico. Os proprietários poderão resgatá-lo mediante sua apresentação junto à Semar.


terça-feira, 2 de julho de 2013

Terra tem lista de 700 espécies ameaçadas e extintas

Por Herton Escobar | Estadão Conteúdo

O número de espécies extintas e ameaçadas de extinção no planeta Terra continua a crescer por causa das atividades humanas, de acordo com a nova versão da Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), divulgada nesta segunda-feira. Mais de 700 espécies de plantas e animais foram adicionadas à lista nas três categorias de ameaça, elevando o total para 20.934.
Entre elas, estão várias espécies de coníferas (árvores com flores em forma de cones ou pinhas, como os pinheiros), que são os maiores e mais antigos seres vivos do planeta. A situação de todo o grupo foi reavaliada, e concluiu-se que 34% das espécies de coníferas estão ameaçadas de extinção.



Araucária teve área de ocorrência reduzida drasticamente nas últimas décadas (Foto: Estadão Conteúdo)

Uma das que correm mais risco é a araucária, ou pinheiro-do-paraná, classificada desde 2006 como criticamente ameaçada. Espécie típica das regiões mais frias e de maior altitude da Mata Atlântica brasileira, ela teve a área de ocorrência reduzida drasticamente nas últimas décadas por causa da conversão de matas nativas em áreas de agricultura e silvicultura.

Agora, com o aquecimento global, pode ser que a coisa piore mais ainda para essa árvore, que prefere temperaturas mais amenas. “A modelagem do impacto das mudanças climáticas indica que até o final deste século a espécie poderá estar extinta na natureza”, disse o botânico Carlos Joly, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo.

Joly ressalta que as listas de espécies ameaçadas (dentre as quais as da IUCN são referência mundial) são uma ferramenta científica indispensável para a conservação da biodiversidade. “A recém-criada Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), cuja proposta preliminar do plano de ação 2014-2018, foi colocada em consulta pública na semana passada, utilizará revisões como esta da IUCN, no primeiro diagnóstico global previsto para o final de 2018”, afirma. A IPBES foi criada em 2010 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para fazer pela biodiversidade o que o famoso IPCC faz pelas mudanças climáticas. Joly é um dos diretores do Painel Multidisciplinar de Especialistas do órgão.

Estatísticas

Dentre as 20.934 espécies consideradas ameaçadas de extinção na nova lista, 4.090 estão na categoria “criticamente em perigo” (137 a mais do que na anterior). Algumas recebem até mesmo uma anotação como “possivelmente extintas”, quando já não são vistas na natureza há algum tempo. Como, por exemplo, um camarão de cavernas da Flórida que passou para essa categoria. O grupo dos camarões de água-doce foi avaliado por completo pela primeira vez nesta revisão: 28% estão ameaçados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Disponível em: http://br.noticias.yahoo.com/terra-tem-lista-700-esp%C3%A9cies-amea%C3%A7adas-extintas-121000204.html