segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Projeto de inspeção veicular deve ser enviado à Câmara

Projeto de inspeção veicular deve ser enviado à Câmara


MONTEZUMA CRUZ 07/11/2011 00h00
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Foto: PAULO RIBAS/CORREIO DO ESTADO

Veículos antigos, mais poluidores, deverão ser reprovados no exame

A Câmara Municipal de Campo Grande aguarda para esta semana o envio do projeto de lei do Poder Executivo municipal para o cumprimento da Resolução nº 418/2009 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que determina a inspeção veicular ambiental. Os vereadores vão debater e votar a cobrança – valor, forma de pagamento e locais de arrecadação – da taxa de inspeção veicular ambiental. Ao mesmo tempo, os vereadores aprovarão a destinação do dinheiro a ser arrecadado com multas.
Em Campo Grande a inspeção começará a ser feita a partir de abril de 2012, num trabalho conjunto das secretarias de meio ambiente da capital e do estado; do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul e da Agetran. Inicialmente, a capital sul-mato-grossense adotaria o valor cobrado na cidade de São Paulo, ou seja, de R$ 61,98, que é alto e vem sendo contestado pela Câmara da capital paulista. Para o gerente da Auto Master (Distribuidor Ford), Fernando Oliveira, essa cobrança poderá recair sobre o consumidor, que recolheria a taxa de inspeção juntamente com o valor pago pelo licenciamento do veículo.
Carros antigos
Quem tem carro novo, despreocupe-se. Mas se estiver com veículos antigos, mais poluidores – seja automóvel, utilitário, ônibus ou caminhão – prepare-se porque eles certamente serão reprovados no exame. E se continuarem circulando, seus proprietários estarão sujeitos ao pagamento de multas.
Um dos integrantes do grupo que firmará convênio para fazer a inspeção, o Imasul espera um proveitoso encaminhamento dos métodos da inspeção até o final do ano. "Estudamos com a prefeitura os melhores meios de fazer esse trabalho, e um deles será a possibilidade de monitorar o controle da qualidade do ar com segurança", explica o diretor de desenvolvimento Roberto Gonçalves. Ele garantiu que os laboratórios de testes funcionarão aqui mesmo.
O presidente do Sindicato dos Despachantes no Estado de Mato Grosso do Sul, Sebastião José da Silva, desconhece o número da frota de carros velhos – malconservados ou inservíveis – em Campo Grande. Por essa razão ele elogia a inspeção: "Acredito que o modelo a ser adotado aqui seja o paulista, o de melhor resultado, mas precisamos da descentralização por parte do Detran."
É que esse órgão emite as guias de licenciamento mediante o pagamento por meio do boleto bancário. Segundo SIlva, isso "impede o Detran de conhecer a real situação da frota." Segundo ele, a inspeção possibilita "ver a cara do carro."
Em São Paulo, radares no trânsito flagram veículos que não passaram pela inspeção veicular ambiental. São equipamentos dotados do sistema de Leitura Automática de Placas (LAP).

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