segunda-feira, 2 de abril de 2012

Selos de Certificação e Lavagem Verde

Já apresentamos aqui o tema “lavagem verde” e como trata-se de um assunto polêmico, consideramos interessante falar um pouco mais sobre as distorções encontradas na emissão dos Selos de Certificação.
É muito comum vermos nas embalagens e rótulos de produtos o indicativo de empresas “amigas do meio ambiente”. Na contra mão do pensamento de uma “produção limpa”, a utilização de selos de certificação pode estar vinculada muito mais à oportunidade de agregar valor à marca, como estratégia de marketing, à possibilidade de obtenção de benefícios fiscais e pouca preocupação com a responsabilidade sócio ambiental.
Se você deseja identificar produtos que tenham uma Certificação segura deve ficar atento, pois é comum o uso de selos autodeclaratórios, sem nenhum tipo de vinculação às certificadoras oficiais que impõem padrões de qualidade para chancelar um produto.
A utilização indevida destes selos pode levar o consumidor à ideia errônea de que está consumindo produtos cuja cadeia produtiva respeita a legislação.
Observe nas estantes dos supermercados: é frequente a utilização de termos como “direto da fazenda”, “produtos naturais” sem o devido registro do diferencial contido nestas expressões. Por exemplo, “produtos orgânicos” são assim considerados se a sua produção obedece às regras e à legislação pertinentes.
Infelizmente este comportamento por parte das empresas não é raro e a “lavagem verde” - greenwashing - ainda não é assunto definido pela legislação brasileira, deixando a população exposta a este tipo de ações fraudulentas.
Se a presença dos selos de certificação não garante informações seguras sobre a origem e meios de produção, então, fique ligado!

Informe-se e faça sua parte rejeitando e divulgando empresas e produtos que não tem compromisso real com o meio ambiente.
Fonte: DUAILIBI, J. Lavagem verde. Revista GQ, n 6, Setembro de 2011. Pg 146 -151

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